sexta-feira, 8 de março de 2013

O meu boneco de esponja





 O meu boneco tem uma cabeça comprida azul com um bico amarelo, uma crista cor de laranja, bem direitinha e arrebitada. Os olhos são verdes como azeitonas. O pescoço, cor de laranja é bem comprido. O corpo quadrado é verde (na parte inferior é roxo) bem rechonchudo com uma cauda grossa e bem direita. Tem quatro patas amarelinhas.
   Este boneco com forma de pássaro e quatro patas vive nas águas de todo o mundo e chama-se Curioso, porque está sempre a espreitar tudo, com aquele longo pescoço flexível que mais parece uma serpente.
   O Curioso seria um bom companheiro de jogo para Rosa, a menina curiosa do livro Rosa e os feitiços do mar.

     Octávio Casimiro 

A boneca Bailarina





A minha boneca chama-se Bailarina, tem uma cabeça verde e cor-de-laranja, tem dois olhos pretos como a noite, um nariz que parece uma tromba de elefante a apontar para o céu, o pescoço nem pequeno nem grande. O corpo cor-de-laranja e amarelo prolonga-se numa cauda amarela  e em duas patas, uma cor-de-laranja e a outra  amarela, compridas e finas.
Um dia a Bailarina, estava a dançar e apareceu uma menina:
- Olá!
        A Bailarina caiu  com o susto (pensava que estava sozinha) e começaram a rir. A partir daí, passaram a ser amigas. Então,   a Bailarina convidou a Rosa para irem a uma festa de dança. A Rosa aceitou logo. E lá foram elas para a festa da dança no fundo do mar. No fim, cada uma foi para a sua casa. A Bailarina e a Rosa sentiram-se muito felizes por serem amigas A Rosa do conto A Rosa e os feitiços do mar deixou de se sentir triste e só.
                                                                                                          
Juliana Sequeira

quinta-feira, 7 de março de 2013

Rei Mistério



  Olá! Eu sou o Rei  Mistério tenho muitas cores bonitas e a minha cauda é muita perigosa, se alguém me atacar eu defendo-me. Faço muitas missões de muitas espécies a qualquer hora ou época do ano. Corro o mundo inteiro para divertiras crianças  que estão tristes ou que desejam alguma coisa.
    Um dia encontrei o Artur, que é uma personagem do conto «Voz do mar», este jovem nãoconhecia  o mar, nunca tinha colocado os seus pés na areia, nem visto a beleza o encanto de qualquer praia. Ele ouvia o som  do  mar através de um búzio. Vivia na Serra da Estrela era  pobre e não tinha dinheiro para viajar até uma região onde existisse mar.
    Então eu tornei-me amigo do Artur, a mãe e ele, apesar de ser muito humildes, deram-me abrigo e comida. Na serra andamos de ski, andamos os dois nos meus skis, porque eles  são muitos especiais andam: na neve, no mar e no ar e não deixam  nunca  acontecer nada de mal.
   Certo dia, já depois de termos convivido bastante, finalmente eu consegui dinheiro para trazer o Artur até Praia Norte, Viana do castelo.
    O Artur e sua mãe ficaram fascinados com tamanha beleza, a mãe  nem queria acreditar que  o seu filho tinha realizado o seu grande sonho.         
Micael Sousa



Cãocrodilo





   Era uma vez um animal que era metade cão metade crocodilo. Ele vivia em África. Quando nasceu os pais pensaram em muitos nomes, até que o irmão Joaquinzinho deu uma sugestão de Cãocrodilo. Os pais gostaram do nome e ficou Cãocrodilo.
   Anos depois o Cãocrodilo tinha um sonho que era viajar por todo o mundo. Os pais não acharam uma boa ideia, porque tinham medo que morresse.
    Um dia ele estava muito triste e andava a passear pela margem do rio Ilosy, que é um rio que passa Madagáscar,  viu uma gota que falava. Ela perguntou lhe o que tinha e ele disse que queria viajar mas os pais não deixavam. Acontece que ela tinha precisamente o mesmo sonho que ele, só que ela era uma personagem do livro as aventuras de Maresia do mar e outras histórias para aprender, já andava a realizar o sonho e incentivou-o a partir com ela naquele momento.
    Assim os dois se tornaram grandes amigos, correram o mundo conheceram vários monumentos, fizeram novos amigos… regressando cada um para a sua família com muitas saudades mas muito contentes.

João Araújo

O meu boneco do mar.




O meu boneco chama-se Lulu . Tem uma crista  um pouco decaída, os olhos redondos, o nariz grande e achatadado, tem um pescoço comprido, muito recto,  um tronco pequeno donde sai a cauda espetada como uma espada . Ele é todo laranja à excepção das patas que são de cores diferentes - cor de telha, amarelo e roxo. É fofinho porque é todo de esponja.
  O Lulu tem uma cabeça de galo e um corpo de cão, é uma criatura que poderia fazer parte do mundo imaginário e fantástico onde Rosa, a protagonista de Rosa e Os Feitiços do Mar (de Manuela Costa Ribeiro) conseguiu aprender a falar de novo depois de se ter tornada surda quando ficou doente.
Adriana Martins 

A CARLINHA E A MENINA DO MAR



A Carlinha é o meu boneco de esponja, é grande e bonita. Dois  olhos amarelos brilham  de cada lado de um nariz achatado, numa cabeça grande e redonda   presa a  um pescoço comprido como o de uma girafa. A Carlinha tem uma coroa como se fosse uma rainha.   De  uma barriga redonda sai uma cauda pequena e laranja, quatro patas não muito altas.

A Carlinha não estica o pescoço para cima como faz uma girafa, mas sim para a frente como se fosse uma serpente.

A cabeça dela está sempre a espreita das novidades que acontecem no fundo do mar.

E ela faz questão de contá-las todas ao rapaz e à menina do mar  da obra de  SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN.

Preciosa Costa 


...histórias do mar... - Leitura e história cruzada



imagem Raúl Gomes

...histórias do mar...

No caminho de regresso a casa com o Mestre Hildo, no seu barquito, encontraram um golfinho que lhes contou uma nova história.
Este golfinho vinha de uma cidade debaixo do mar, que ele havia descoberto há muitos anos, depois de viajar e explorar o mar durante meses.
Nessa cidade habitavam criaturas fantásticas e malucas: havia sereias, mas que ao invés de barbatanas no lugar das pernas, possuíam tentáculos de polvo; havia peixes gigantes, maiores do que as baleias mas que tinham a cabeça do tamanho de uma ervilha e caranguejos que sempre que abriam a boca saía uma tinta azul e vermelha, que depois usavam para pintar a bela cidade toda construída em conchas, búzios e carapaças abandonadas.
Após ouvir esta história Pedrito ficou com vontade de seguir o golfinho até à sua cidade submersa, mas entretanto outro peixe apareceu com mais histórias para contar...

Raul Gomes


O Polvo amarelo - História cruzada e apreciação crítica



Vou-vos contar a história do polvo amarelo. Era um polvo muito solitário e tímido e, por isso, se escondia debaixo das rochas. Só saía à noite. Este polvo tinha nascido diferente dos seus irmãos: amarelo, amarelinho, muito amarelinho.
Um dia, estava escondido debaixo das rochas quando viu um caranguejo a aproximar-se. Os dois tornaram-se amigos. O Polvo estava muito contente com o seu novo amigo caranguejo. Um dia, estavam a brincar como de costume quando apareceu um tubarão. O tubarão era muito mau, era inimigo de todos os peixes. E,  claro,  tentou fazer mal ao polvo e ao caranguejo, mas o que ele não sabia era que o polvo tinha poderes mágico. Então, com os seus poderes, o polvo transformou o tubarão num bom tubarão e ficaram amigos.
Certa manhã, ia o Polvo ao encontro dos seus amigos quando ouviu ao longe uma voz muito fininha que parecia estar a chorar. Foi à sua procura e encontrou, escondida debaixo de uma rocha, uma menina-polvo muito triste. A Polvita tinha uns cabelos compridos, olhos azuis da cor do mar, e uns tentáculos cor-de-rosa muito clarinho. Vestia uma linda saia feita de algas muito verdinhas e uma camisa feita de lantejolas.
-Bom dia – disse o polvinho amarelo – o que tens? Pareces triste.
- Sim, estou com muitas dores nesta minha perna.
- Vejo um papo – disse o Polvo, com uma cara séria. Bateste nalguma rocha? Foi algum predador?
-Não, apareceu-me de repente.
Entretanto tinham chegado o caranguejo e o tubarão, a quem o polvo contou o encontro com a Polvita e a sua história.
- Já foste ao médico?- perguntou o caranguejo preocupado.
- Não, não fui ao médico, nem contei ainda à minha mãe – respondeu a Polvita a soluçar.Tenho medo que seja alguna coisa má.
- Mas não deves ter medo. Os médicos servem para nos curar – disse a Tubarão. E tens de contar à tua mãe. Prometes?
- Prometo! – disse a Polvita.
Fazia-se tarde e os amigos despediram-se. Mas o Polvo amarelo estava realmente preocupado, e queria ajudar a sua nova amiga. Pensou numa solução. Usando os seus conhecimentos sobre as plantas do fundo do mar e os seus poderes mágicos, nessa noite, fez uma pomada à base de flora marítima. Na manhã seguinte aplicou a pomada no tentâculo da Polvita que começou logo a diminuir. E sarou a Polvita.
Os dois não casaram mas ficaram amigos para sempre.

Catarina Rodrigues
grupo3





Gostamos muito da história da Polvita porque com ela aprendemos que os homens podem ser amigos dos animais. Também nos ensinou alguns cuidados a ter com a nossa saúde e que quando nos aparece alguma coisa anormal no nosso corpo devemos logo consultar o médico se não a situação pode agravar-se.

O Grupo 3 dos alunos CEI agradece a Pedro Emanuel Figueiredo esta bonita história!

Peixe Joca_Maresia do Mar - leitura e história cruzada




Era uma vez um peixe chamado Joca que vivia no Rio Lima.
Joca era um peixe muito calmo, muito trabalhador.
O peixe Joca era sempre quem levava as suas duas irmãs peixes, Lola e Letícia, à escola.
As suas irmãs “chateavam-lhe” muito a cabeça, porque, enquanto ele era discreto, elas falavam sempre muito alto.
Certo dia, o peixe Joca ficou adoentado e, como tal, não poderia levar as suas irmãs Lola e Letícia à escola.
Sendo assim, disse à sua mãe o que estava a acontecer e o motivo do seu impedimento.
Então, a mãe peixe resolveu levar as suas irmãs à escola, porque o peixe Joca, tão doente que estava, não conseguia mesmo sair da cama.
Quando a sua mãe chegou a casa, fez uma sopinha bem quentinha com bastantes legumes que cheirava muito bem e que o Joca comeu com satisfação.
Joca achou que ficaria recuperado, mas no dia seguinte, quando foi levar as suas irmãs à escola, ao passar junto ao paredão, deu um valente espirro que fez subir as águas do mar .
Do seu espirro saltaram imensas gotinhas que se juntaram às águas do oceano atlântico, e que provocaram uma tal ondulação que encantou o peixe Joca e as suas irmãs.
De repente, viram os barcos movimentarem-se com mais rapidez e mesmo os que estavam parados ondulavam tanto que pareciam baloiços do mar.
Joca percebeu que o mar é feito de muitos milhões de gotinhas de água e que, a partir daquele dia, também ele podia fazer parte daquele oceano.
Mas como qualquer peixe, também ele precisava da sua família e, por isso, decidiu mudar de residência e passar a viver com as suas irmãs e a sua mãe naquele imenso mar.
A partir daquele dia, o peixe Joca viaja por todos os continentes com ajuda de um cristal brilhante com raios de mil cores, a gotinha de água chamada Maresia do mar.
Sobre as aventuras de Maresia do Mar eu poderia contar-vos mil histórias, tantas como as gotas de que é feito um oceano, mas o melhor é lerem o livro “As Aventuras de Maresia do Mar e Outras Histórias para Aprender” de Francisco Moita Flores.

Claúdia Franco
grupo4

domingo, 23 de dezembro de 2012

O Barquinho Amarelo - Apreciação crítica da obra.


Apreciação crítica da leitura da obra O Barquinho Amarelo, da escritora Cidália Fernandes, com simples, mas engraçadas e ternurentas ilustrações de Simona Traina.

       Era uma vez um pequeno barco de madeira, pintado de amarelo, já com o casco bastante seco pelos anos, e que morava numa praia. Chamava-se Barquinho Amarelo. Este adorava o verão, altura do ano em que o areal se enchia de pessoas, de crianças a brincarem, de guarda-sóis coloridos e, por isso, de muita alegria. Pelo contrário, sempre que o tempo bom ia terminando, começava a entristecer-se porque a praia já não tinha a animação anterior, o que o fazia sentir-se muito sozinho.
       Num desses dias, chorou copiosamente. A sua amiga de longa data – a Gaivota Branquinha – ficou preocupada e foi conversar com ele. Depois de alguma insistência por parte dela, o Barquinho Amarelo lá conseguiu dizer, por entre soluços, que o motivo de tanta tristeza era o facto de o inverno ser triste e longo. Já não havia meninos a brincar, portanto a alegria dos dias de sol não existia…
       A sua amiga concordou, mas tentou animá-lo, limpando «as grossas lágrimas que caíam dos olhos do Barquinho Amarelo». Mais do que isso! Apresentou-lhe a solução para tornar as noites de inverno menos tristes e longas. Sabem qual foi? Depois de algum suspense que criou no seu amigo, fez a revelação. Assim, como ele era um excelente contador de histórias e ela uma excelente ouvinte, sugeriu que lhe contasse algumas das muitas que sabia. Deste modo, não se sentiriam tão sozinhos.
O Barquinho Amarelo ficou feliz e agradeceu à amiga pela grande ideia! E começou, então, a contar histórias, depois de se «acomodar confortavelmente na areia ainda morna». A primeira foi a do Irmão mais novo. Com esta história ficámos a saber que o Nuno, um miúdo com cerca de sete anos, apareceu sozinho na praia e se sentia revoltado pelo facto de ter sido filho único até àquela altura e de os pais decidirem que iria ter um irmão. O Nuno estava com ciúmes, porque, na sua opinião, os pais, a partir daí, só iriam dar importância ao irmão, que iria chamar-
-se Joãozinho. Então, o Barquinho Amarelo explicou-lhe que «por muitos filhos que os pais tenham, amam-nos a todos da mesma maneira.», entusiasmando-o com as futuras brincadeiras com o irmão. Entretanto, os pais apareceram, procurando-o com preocupação, o que lhe mostrou que estes o amavam, apesar do irmão que estava para nascer.
       Seguiu-se a história da Boquinhas, que era uma pequena tartaruga. Esta, numa noite de tempestade do inverno, caiu ao seu lado, assustada e tonta. Estava de patinhas para o ar e não conseguia endireitar-se. O Barquinho Amarelo ajudou-a, ela agradeceu e apresentaram-se um ao outro. A Boquinhas contou que estava incumbida de uma missão: fazer um apelo aos seres humanos a pedido da C.T.D.M., que significa Comunidade das Tartarugas para a Defesa do Mar. Ah! A Boquinhas, que se chamava assim pela sua facilidade em expor os assuntos, falava sempre por siglas. O apelo era o seguinte: Não deites lixo no Mar, pois ele pode sempre voltar!
Para a Boquinhas, as pessoas tinham de ser alertadas no inverno para que no verão cumprissem as regras « (…) têm que refletir  sobre a mensagem e torná-la parte integrante da sua vida, como lavar os dentes ou as mãos.» Afinal,
«A praia e o mar pertenciam a toda a gente e ninguém tinha o direito de destruir o que a todos pertencia
       O Barquinho Amarelo afirmou que estava solidário com a nova amiga e prometeu que faria tudo o que fosse possível para ajudar numa causa que é de TODOS: «Todos temos que colaborar
       Antes da terceira história, intitulada O Escaravelho músico, surge ainda a Toupeira Tupi, que desconhecia a luz e o cheiro do mar, que falou um pouco de si, da sua falta de visão e da sua função « (…) limito-me a escavar galerias no solo à procura de alimento, vermes e insectos.» No entanto, naquele momento deixou escapar, na conversa com a Gaivota Branquinha, que tinha de procurar o fémur de um dinossauro!! Explicou o que tinham sido os dinossauros. Assim, também aprendemos o que eram esses répteis que viveram há milhões de anos e quais as razões para o seu desaparecimento.
       A última história que o Barquinho Amarelo contou apertou-nos, inicialmente, o coração… O Barquinho Amarelo falou de um casal com duas crianças e com um pequeno cachorro castanho, num dia cheio de calor e de sol. Mas ao final do dia, o cachorrito tinha sido deixado sozinho na praia, o que preocupou o Barquinho, quando o percebeu. Este perguntou ao cãozinho o que lhe tinha acontecido para estar nervoso, triste e sozinho.  O cachorrinho respondeu que os donos o tinham abandonado, porque precisavam de ir passar férias ao estrangeiro e não havia ninguém que pudesse ficar com ele. Infelizmente, é o que acontece muitas vezes, durante o período de férias, como sabemos! Mas, de repente, o Barquinho Amarelo arranjou uma solução para o Fofinho – assim se chamava o cachorro – não ficar sozinho. O Barquinho lembrou-se do Nuno, o menino da primeira história, que gostava imenso de animais. O Fofinho ficou muito feliz com a notícia. No dia seguinte, o Nuno ficou deliciado com o Fofinho e disse ao Barquinho que « (…) o cachorrinho tinha vindo na altura ideal uma vez que queria oferecer uma prenda ao irmãozinho que já tinha nascido.» Seria um maravilhoso presente!

       Neste simples, mas rico livrinho, realçámos o valor da amizade, porque relativamente a este grande sentimento aparecem muitas referências ao longo da obra, como as que vamos deixar, como exemplo, no final desta apreciação:
   
 “É preciso cativar amizades!”          
       
(…) Que bom que é ter um amigo, mesmo distante, não arreda pé! Está sempre contigo!”
              
Grupo 5, junho 201

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Rei Poeta - Leitura e escrita



Rei dos Pássaros-Manuel Casimiro

Rei dos Gatos - Micael Sousa

Rei das Aranhas - João Araújo

Era uma vez um menino sonhador que gostava de escrever poemas. O menino chamava-se Dinis e era filho do rei D. Afonso III. Certo dia, inesperadamente, o rei morreu. Então, Dinis, com apenas 18 anos, tornou-se D. Dinis, rei de Portugal.

O reino organizou uma grande festa para comemorar a subida de D. Dinis ao trono. Eram muitos os convidados e todos iam vestidos a rigor. Os homens levavam lindos chapéus e as senhoras usavam coroas, com imensos brilhantes. Os chapéus eram todos muito engraçados e tinham sido feitos para a festa do rei poeta. Um deles tinha vários pássaros coloridos, com asas prateadas. Um outro chapéu tinha gatos amarelos e cor de laranja e havia um que também era bastante animado, era azul e prateado e tinha algumas aranhas.

A festa decorria num ambiente alegre e tranquilo e os convidados preparavam-se para se sentar a almoçar. De repente, acontece o inesperado. Os pássaros do chapéu esvoaçaram em direção ao teto do grande salão do castelo, onde decorria o almoço. Vendo os pássaros a voar, os gatos do outro chapéu precipitaram-se sobre os convidados, correndo a grande velocidade atrás das aves. Com toda aquela confusão as coitadas das aranhas não puderam continuar tranquilas no seu chapéu e fugiram com todas as suas patas. Perante esta situação D. Dinis teve uma ideia brilhante: levantou-se e começou a declamar um poema sobre animais, que tinha escrito alguns dias antes. Assim, os pássaros e os gatos, quando ouviram aqueles versos, esqueceram a correria e voltaram rapidamente aos seus chapéus. As aranhas, essas caminhavam tão lentamente, e o salão era tão grande, que não conseguiram voltar ao chapéu e ficaram, para sempre, no castelo a construir teias.

Grupo2

Texto redigido pelos alunos do grupo 2, a partir da leitura do livro “Era uma vez um rei poeta” de José Jorge Letria e dos chapéus criados pelos discentes em Expressão Plástica.

Os três chapéus na festa das flores - leitura e escrita



 Rainha das Andorinhas - Débora Correia

Rainha do Coração de Espadas - Catarina Rodrigues

Rei dos Cavalos - Filipe Gomes


Era uma vez uma menina chamada Anita, que vivia no Alentejo. Anita vivia na Aldeia das Flores, onde, uma vez por ano, era realizada a festa com o mesmo nome, a “Festa das flores”. Todos os anos, a festa reunia milhares de pessoas.
Há cerca de dez anos, todas as crianças da aldeia quiseram desfilar no cortejo. Para isso, os meninos, com a ajuda dos pais, construíram carros alegóricos. A Anita decidiu fazer uma chaleira japonesa, enquanto a sua amiga Cláudia construiu um helicóptero. Os meninos enfeitaram as suas bicicletas e formaram o grupo dos “Ciclistas de São Cristóvão”. As crianças apanharam flores junto do rio e depois cobriram os seus carros alegóricos. Todos eram muito coloridos e originais!
Enquanto decorria o desfile, o público assistia e aplaudia alegremente. Todas as senhoras que assistiam ao cortejo usavam chapéu. Cada um era diferente dos outros, mas eram todos lindos. Também o avô Nicolau, que conduzia o seu calhambeque com a ajuda do Pantufa, o cão da Anita, usava um lindo chapéu. Era uma cartola colorida, com um cavalo branco de olhos azuis e crina cinzenta.
A mãe da Anita também tinha um chapéu muito bonito, com um ninho de andorinhas. De repente, ia o cortejo a meio da avenida, a andorinha do chapéu voou livremente no céu azul. Todos olharam com espanto a ave que, num voo muito rápido, arrancou, com o seu bico, um coração que decorava o chapéu de uma outra senhora. A andorinha foi junto do senhor Nicolau e entregou aquele coração ao cavalo da cartola do avô. Muito rapidamente, o animal saltou do chapéu e começou a galopar, acompanhando o desfile a trote. No final, o cavalo foi beber água numa das chávenas japonesas da Anita.
Foi uma linda festa, muito especial, pois a andorinha conseguiu dar vida ao cavalo branco, dando-lhe um coração forte e valente. A partir daquele desfile, a andorinha e o cavalo participaram sempre no cortejo da Festa das flores.


Texto escrito pelo Grupo 3 tendo como base a leitura do livro “Anita na festa das flores” e os chapéus criados pelos alunos em Expressão Plástica.
Grupo 3

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Apreciação escrita da História de Bernardete Costa




Depois de lermos conjuntamente a versão da história das máscaras Sassai e Nirumbé redigida pela professora Bernardete Costa, ficámos encantados com a sua criatividade.
A escritora decidiu transformar os construtores das Máscaras - David e Raúl – em personagens e especiais como o Feiticeiro de Oz e o Mago Merlim, respetivamente.
Na sua opinião, Sassai e Nirumbé eram muito amigos, namoradinhos de fresco. Ela era a Sassai e ele o Nirumbé. O casalinho resolveu participar no desfile de Carnaval, mas Sassai sofreu um acidente no meio da confusão, o que deixou o Feiticeiro de Oz muito triste. Merlim conseguiu segurar Nirumbé, até que a chuva que caiu, inesperadamente e destruiu o seu rosto.
Finalizando, a história não teve o final mais feliz, mas o sol regressou para animar os mágicos Raúl e David.

Grupo 5

SASSAI E NIRUMBÉ - escritora Bernadete Costa





Sassai e Nirumbé eram muito amigos, bom, diremos até mais do que amigos, namoradinhos de fresco, acabadinhos de sair das mãos de artista de Raúl e David, meninos especiais e dotados para as artes. Sendo estes meninos especiais, também o eram porque possuíam poderes mágicos: Raúl encarnava a personagem do fantástico mago Merlim, e David vestia a roupagem do incrível Feiticeiro de Oz, ainda que a residirem no sonho da sua criatividade. Eles elaboraram um casalinho de máscaras muito diferente das restantes que, seguramente, haveriam de formigar pelas ruas da cidade de Viana do Castelo, no dia de carnaval, soalheiro, por certo.
Compete aqui esclarecer que Raúl e David, respectivamente, o mago Merlin e o feiticeiro de Oz nos seus sonhos, já cá se mencionou, fizeram nascer aquelas máscaras com muito amor. Um amor que abrasava o céu, beijava o vento… Lindo, não é?
Assim de imediato as máscaras foram batizadas: ela, Sassai,  e ele, Nirumbé.
Obviamente, como grandes mágicos que eram, as suas máscaras ganharam vida própria logo após o seu nascimento, não esquecendo, como já se aperceberam, a parte sentimental, amorosa… Nas mãos dos nossos amigos, diziam as máscaras uma para a outra, “agora que te encontrei não pretendo separar-me de ti”; saiba-se que as máscaras haviam rejeitado, veementemente, serem separadas como pretenderam os seus criadores. Uma por esta rua, outra por aquela…. Dirá quem aqui me lê, “o amor não é fácil para ninguém”, não sejamos pessimistas, pressagio eu.

Retomando o início da nossa história, um casal de máscaras, namoradinhos de fresco, acabara de sair das mãos talentosas de Raúl e David, heróis virtuais em seus sonhos de criatividade e imaginação.

O dia de carnaval despertara quente, por isso, propício à brincadeira e ao desfile pelas ruas da cidade, aliás, como o boletim meteorológico havia previsto e, ainda bem, desta feita, não se enganara. Diremos mais, um dia com cheiro intenso a sol!
No princípio, o casal de máscaras chocou um pouco o grupo das outras, porque todas bem aperaltadas com laços e fitas, bocas de cereja, cabelos de fogo frisados, etc, etc, etc…
Entretanto, o desfile começou. Sassai e Nirumbé riam-se a não poder mais, imaginem, com o medo que pregavam ao susto! E as pessoas, com olhares enviesados como se dissessem, “esquisitas máscaras, diferentes, nada bonitas…”
A certa altura do divertido dia, com aquela grande confusão carnavalesca, Sassai tomba da mão de David. Cai, rola um pouco pelo chão… e perde-se da vista do menino que grita: Sassai, Sassai!…
Nirumbé, por sua vez, amarra-se com firmeza à mão do seu criador, deixando deslizar um olhar triste e lacrimoso pela rua a fervilhar de multidão, nunca mais avistando Sassai.
O feiticeiro de Oz, como quem diz David, ainda pensa recorrer aos seus dotes de mago dos sonhos, mas ele está muito acordado no momento; mira Nirumbé que cabisbaixo deixa morrer o sorriso que se transforma num esgar de dor, uma cicatriz de tristeza a riscar o seu rosto de papelão às cores.
Por sua vez, Merlin, ou seja, Raúl, com uma tristeza de pai que perde o seu filho, acaricia as barbas e o bigode de Nirumbé numa tentativa de lhe fazer voltar o riso à boca bem escancarada, num esforço de o compensar da sua perda.
De repente, uma chuva oriunda dum céu polvilhado de nuvens irrompe das sombras negras como que solidárias com a mágoa daqueles dois.
Raúl fica muito quieto, e enquanto a roupa se encharca olha desalentado Nirumbé que se vai descolorindo, amolecendo, transformando-se em papa amorfa de cartão, papel e tinta.
Pelas pedras da rua, um rio de cor forma um charco de lágrimas, vermelhas.
Raúl e David observam as suas mãos vazias sentindo de novo o sol a querer brincar ao carnaval, e sussurram como mágicos que não são: Sassai Nirumbé…Sassai, Nirumbé…


escritora 
Bernardete Costa, 2012.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Flor de Abril


REVOLUÇÃO DE ABRIL

Quando saía da escola, o João ia à oficina do pai que pintava quadros.
O João, quando entrava lá, ficava feliz porque havia muitos mistérios.
O pai de João, certo dia, pintou um quadro diferente.
Era uma espingarda com uma enorme flor vermelha muito viva.
Era o cravo da história da nossa liberdade, do 25 de Abril, do dia que nasceu em Portugal.
O pai do João começou a falar dos tempos de antigamente, quando o nosso país era diferente.
Nessa altura, se as pessoas não gostassem do governo, tinham de ficar caladas. Muitos não gostavam e, por isso, eram presos.
Dizem que em Portugal e em Espanha, as ditaduras duraram mais tempo.
O pai do João fazia gestos largos e abraçava o ar como se estivesse a agarrar o mundo. Portugal era, cada vez mais, um país atrasado e triste.
O pai do João ficou algum tempo calado e triste, de olhos postos no quadro.
Tínhamos uma guerra nas colónias que hoje são países onde se fala português, Angola, Moçambique, cabo verde, Guiné-Bissau, e são Tomé e príncipe. Os povos de África queriam mandar nas terras que já tinham sido dos pais, dos avós, dos pais dos avós.
Em 1974 os portugueses viviam ainda na mais longa ditadura que durava quase há cinquenta anos.
No dia 25 de Abril de 1974 foi a ”Revolução dos Cravos”. Salgueiro Maia foi o grande herói do 25 de Abril. As tropas devolveram Portugal a todos os portugueses.
O pai do João foi a um armário e tirou de lá uma revista, muito velhinha, com as folhas um pouco amarelas. Quando a abriu estava cheia de fotografias a preto e branco, como a televisão daqueles tempos.
Para se fazer uma revolução, tem de haver muita gente do mesmo lado. O 25 de Abril tinha sido só um golpe do estado. Os militares tomaram o quartel do Carmo sem que um só tiro fosse disparado. Marcelo Caetano soube que não mandava mais, rendeu-se e entregou o poder a um general chamado António de Spínola, que veio a ser presidente da república.
Em 25 e Abril, o país acordou para uma vida diferente. A liberdade era uma coisa nova, as pessoas tiveram de se habituar a ela devagarinho.
Essa é a maior lição do 25 de Abril. “Um dia, também tu vais ter o poder de decidir com o teu voto, o que queres para o nosso país.
Disse o pai ao João. E acrescentou: “Se não o fizeres, os outros vão decidir por ti equando os outros decidem por nós, não somos livres”.

Resumo do livro
 “A flor de Abril - uma história da revolução dos cravos”
de Pedro Olavo Simões.

Cláudia Franco
Grupo 4