domingo, 23 de dezembro de 2012

O Barquinho Amarelo - Apreciação crítica da obra.


Apreciação crítica da leitura da obra O Barquinho Amarelo, da escritora Cidália Fernandes, com simples, mas engraçadas e ternurentas ilustrações de Simona Traina.

       Era uma vez um pequeno barco de madeira, pintado de amarelo, já com o casco bastante seco pelos anos, e que morava numa praia. Chamava-se Barquinho Amarelo. Este adorava o verão, altura do ano em que o areal se enchia de pessoas, de crianças a brincarem, de guarda-sóis coloridos e, por isso, de muita alegria. Pelo contrário, sempre que o tempo bom ia terminando, começava a entristecer-se porque a praia já não tinha a animação anterior, o que o fazia sentir-se muito sozinho.
       Num desses dias, chorou copiosamente. A sua amiga de longa data – a Gaivota Branquinha – ficou preocupada e foi conversar com ele. Depois de alguma insistência por parte dela, o Barquinho Amarelo lá conseguiu dizer, por entre soluços, que o motivo de tanta tristeza era o facto de o inverno ser triste e longo. Já não havia meninos a brincar, portanto a alegria dos dias de sol não existia…
       A sua amiga concordou, mas tentou animá-lo, limpando «as grossas lágrimas que caíam dos olhos do Barquinho Amarelo». Mais do que isso! Apresentou-lhe a solução para tornar as noites de inverno menos tristes e longas. Sabem qual foi? Depois de algum suspense que criou no seu amigo, fez a revelação. Assim, como ele era um excelente contador de histórias e ela uma excelente ouvinte, sugeriu que lhe contasse algumas das muitas que sabia. Deste modo, não se sentiriam tão sozinhos.
O Barquinho Amarelo ficou feliz e agradeceu à amiga pela grande ideia! E começou, então, a contar histórias, depois de se «acomodar confortavelmente na areia ainda morna». A primeira foi a do Irmão mais novo. Com esta história ficámos a saber que o Nuno, um miúdo com cerca de sete anos, apareceu sozinho na praia e se sentia revoltado pelo facto de ter sido filho único até àquela altura e de os pais decidirem que iria ter um irmão. O Nuno estava com ciúmes, porque, na sua opinião, os pais, a partir daí, só iriam dar importância ao irmão, que iria chamar-
-se Joãozinho. Então, o Barquinho Amarelo explicou-lhe que «por muitos filhos que os pais tenham, amam-nos a todos da mesma maneira.», entusiasmando-o com as futuras brincadeiras com o irmão. Entretanto, os pais apareceram, procurando-o com preocupação, o que lhe mostrou que estes o amavam, apesar do irmão que estava para nascer.
       Seguiu-se a história da Boquinhas, que era uma pequena tartaruga. Esta, numa noite de tempestade do inverno, caiu ao seu lado, assustada e tonta. Estava de patinhas para o ar e não conseguia endireitar-se. O Barquinho Amarelo ajudou-a, ela agradeceu e apresentaram-se um ao outro. A Boquinhas contou que estava incumbida de uma missão: fazer um apelo aos seres humanos a pedido da C.T.D.M., que significa Comunidade das Tartarugas para a Defesa do Mar. Ah! A Boquinhas, que se chamava assim pela sua facilidade em expor os assuntos, falava sempre por siglas. O apelo era o seguinte: Não deites lixo no Mar, pois ele pode sempre voltar!
Para a Boquinhas, as pessoas tinham de ser alertadas no inverno para que no verão cumprissem as regras « (…) têm que refletir  sobre a mensagem e torná-la parte integrante da sua vida, como lavar os dentes ou as mãos.» Afinal,
«A praia e o mar pertenciam a toda a gente e ninguém tinha o direito de destruir o que a todos pertencia
       O Barquinho Amarelo afirmou que estava solidário com a nova amiga e prometeu que faria tudo o que fosse possível para ajudar numa causa que é de TODOS: «Todos temos que colaborar
       Antes da terceira história, intitulada O Escaravelho músico, surge ainda a Toupeira Tupi, que desconhecia a luz e o cheiro do mar, que falou um pouco de si, da sua falta de visão e da sua função « (…) limito-me a escavar galerias no solo à procura de alimento, vermes e insectos.» No entanto, naquele momento deixou escapar, na conversa com a Gaivota Branquinha, que tinha de procurar o fémur de um dinossauro!! Explicou o que tinham sido os dinossauros. Assim, também aprendemos o que eram esses répteis que viveram há milhões de anos e quais as razões para o seu desaparecimento.
       A última história que o Barquinho Amarelo contou apertou-nos, inicialmente, o coração… O Barquinho Amarelo falou de um casal com duas crianças e com um pequeno cachorro castanho, num dia cheio de calor e de sol. Mas ao final do dia, o cachorrito tinha sido deixado sozinho na praia, o que preocupou o Barquinho, quando o percebeu. Este perguntou ao cãozinho o que lhe tinha acontecido para estar nervoso, triste e sozinho.  O cachorrinho respondeu que os donos o tinham abandonado, porque precisavam de ir passar férias ao estrangeiro e não havia ninguém que pudesse ficar com ele. Infelizmente, é o que acontece muitas vezes, durante o período de férias, como sabemos! Mas, de repente, o Barquinho Amarelo arranjou uma solução para o Fofinho – assim se chamava o cachorro – não ficar sozinho. O Barquinho lembrou-se do Nuno, o menino da primeira história, que gostava imenso de animais. O Fofinho ficou muito feliz com a notícia. No dia seguinte, o Nuno ficou deliciado com o Fofinho e disse ao Barquinho que « (…) o cachorrinho tinha vindo na altura ideal uma vez que queria oferecer uma prenda ao irmãozinho que já tinha nascido.» Seria um maravilhoso presente!

       Neste simples, mas rico livrinho, realçámos o valor da amizade, porque relativamente a este grande sentimento aparecem muitas referências ao longo da obra, como as que vamos deixar, como exemplo, no final desta apreciação:
   
 “É preciso cativar amizades!”          
       
(…) Que bom que é ter um amigo, mesmo distante, não arreda pé! Está sempre contigo!”
              
Grupo 5, junho 201

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Rei Poeta - Leitura e escrita



Rei dos Pássaros-Manuel Casimiro

Rei dos Gatos - Micael Sousa

Rei das Aranhas - João Araújo

Era uma vez um menino sonhador que gostava de escrever poemas. O menino chamava-se Dinis e era filho do rei D. Afonso III. Certo dia, inesperadamente, o rei morreu. Então, Dinis, com apenas 18 anos, tornou-se D. Dinis, rei de Portugal.

O reino organizou uma grande festa para comemorar a subida de D. Dinis ao trono. Eram muitos os convidados e todos iam vestidos a rigor. Os homens levavam lindos chapéus e as senhoras usavam coroas, com imensos brilhantes. Os chapéus eram todos muito engraçados e tinham sido feitos para a festa do rei poeta. Um deles tinha vários pássaros coloridos, com asas prateadas. Um outro chapéu tinha gatos amarelos e cor de laranja e havia um que também era bastante animado, era azul e prateado e tinha algumas aranhas.

A festa decorria num ambiente alegre e tranquilo e os convidados preparavam-se para se sentar a almoçar. De repente, acontece o inesperado. Os pássaros do chapéu esvoaçaram em direção ao teto do grande salão do castelo, onde decorria o almoço. Vendo os pássaros a voar, os gatos do outro chapéu precipitaram-se sobre os convidados, correndo a grande velocidade atrás das aves. Com toda aquela confusão as coitadas das aranhas não puderam continuar tranquilas no seu chapéu e fugiram com todas as suas patas. Perante esta situação D. Dinis teve uma ideia brilhante: levantou-se e começou a declamar um poema sobre animais, que tinha escrito alguns dias antes. Assim, os pássaros e os gatos, quando ouviram aqueles versos, esqueceram a correria e voltaram rapidamente aos seus chapéus. As aranhas, essas caminhavam tão lentamente, e o salão era tão grande, que não conseguiram voltar ao chapéu e ficaram, para sempre, no castelo a construir teias.

Grupo2

Texto redigido pelos alunos do grupo 2, a partir da leitura do livro “Era uma vez um rei poeta” de José Jorge Letria e dos chapéus criados pelos discentes em Expressão Plástica.

Os três chapéus na festa das flores - leitura e escrita



 Rainha das Andorinhas - Débora Correia

Rainha do Coração de Espadas - Catarina Rodrigues

Rei dos Cavalos - Filipe Gomes


Era uma vez uma menina chamada Anita, que vivia no Alentejo. Anita vivia na Aldeia das Flores, onde, uma vez por ano, era realizada a festa com o mesmo nome, a “Festa das flores”. Todos os anos, a festa reunia milhares de pessoas.
Há cerca de dez anos, todas as crianças da aldeia quiseram desfilar no cortejo. Para isso, os meninos, com a ajuda dos pais, construíram carros alegóricos. A Anita decidiu fazer uma chaleira japonesa, enquanto a sua amiga Cláudia construiu um helicóptero. Os meninos enfeitaram as suas bicicletas e formaram o grupo dos “Ciclistas de São Cristóvão”. As crianças apanharam flores junto do rio e depois cobriram os seus carros alegóricos. Todos eram muito coloridos e originais!
Enquanto decorria o desfile, o público assistia e aplaudia alegremente. Todas as senhoras que assistiam ao cortejo usavam chapéu. Cada um era diferente dos outros, mas eram todos lindos. Também o avô Nicolau, que conduzia o seu calhambeque com a ajuda do Pantufa, o cão da Anita, usava um lindo chapéu. Era uma cartola colorida, com um cavalo branco de olhos azuis e crina cinzenta.
A mãe da Anita também tinha um chapéu muito bonito, com um ninho de andorinhas. De repente, ia o cortejo a meio da avenida, a andorinha do chapéu voou livremente no céu azul. Todos olharam com espanto a ave que, num voo muito rápido, arrancou, com o seu bico, um coração que decorava o chapéu de uma outra senhora. A andorinha foi junto do senhor Nicolau e entregou aquele coração ao cavalo da cartola do avô. Muito rapidamente, o animal saltou do chapéu e começou a galopar, acompanhando o desfile a trote. No final, o cavalo foi beber água numa das chávenas japonesas da Anita.
Foi uma linda festa, muito especial, pois a andorinha conseguiu dar vida ao cavalo branco, dando-lhe um coração forte e valente. A partir daquele desfile, a andorinha e o cavalo participaram sempre no cortejo da Festa das flores.


Texto escrito pelo Grupo 3 tendo como base a leitura do livro “Anita na festa das flores” e os chapéus criados pelos alunos em Expressão Plástica.
Grupo 3

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Apreciação escrita da História de Bernardete Costa




Depois de lermos conjuntamente a versão da história das máscaras Sassai e Nirumbé redigida pela professora Bernardete Costa, ficámos encantados com a sua criatividade.
A escritora decidiu transformar os construtores das Máscaras - David e Raúl – em personagens e especiais como o Feiticeiro de Oz e o Mago Merlim, respetivamente.
Na sua opinião, Sassai e Nirumbé eram muito amigos, namoradinhos de fresco. Ela era a Sassai e ele o Nirumbé. O casalinho resolveu participar no desfile de Carnaval, mas Sassai sofreu um acidente no meio da confusão, o que deixou o Feiticeiro de Oz muito triste. Merlim conseguiu segurar Nirumbé, até que a chuva que caiu, inesperadamente e destruiu o seu rosto.
Finalizando, a história não teve o final mais feliz, mas o sol regressou para animar os mágicos Raúl e David.

Grupo 5

SASSAI E NIRUMBÉ - escritora Bernadete Costa





Sassai e Nirumbé eram muito amigos, bom, diremos até mais do que amigos, namoradinhos de fresco, acabadinhos de sair das mãos de artista de Raúl e David, meninos especiais e dotados para as artes. Sendo estes meninos especiais, também o eram porque possuíam poderes mágicos: Raúl encarnava a personagem do fantástico mago Merlim, e David vestia a roupagem do incrível Feiticeiro de Oz, ainda que a residirem no sonho da sua criatividade. Eles elaboraram um casalinho de máscaras muito diferente das restantes que, seguramente, haveriam de formigar pelas ruas da cidade de Viana do Castelo, no dia de carnaval, soalheiro, por certo.
Compete aqui esclarecer que Raúl e David, respectivamente, o mago Merlin e o feiticeiro de Oz nos seus sonhos, já cá se mencionou, fizeram nascer aquelas máscaras com muito amor. Um amor que abrasava o céu, beijava o vento… Lindo, não é?
Assim de imediato as máscaras foram batizadas: ela, Sassai,  e ele, Nirumbé.
Obviamente, como grandes mágicos que eram, as suas máscaras ganharam vida própria logo após o seu nascimento, não esquecendo, como já se aperceberam, a parte sentimental, amorosa… Nas mãos dos nossos amigos, diziam as máscaras uma para a outra, “agora que te encontrei não pretendo separar-me de ti”; saiba-se que as máscaras haviam rejeitado, veementemente, serem separadas como pretenderam os seus criadores. Uma por esta rua, outra por aquela…. Dirá quem aqui me lê, “o amor não é fácil para ninguém”, não sejamos pessimistas, pressagio eu.

Retomando o início da nossa história, um casal de máscaras, namoradinhos de fresco, acabara de sair das mãos talentosas de Raúl e David, heróis virtuais em seus sonhos de criatividade e imaginação.

O dia de carnaval despertara quente, por isso, propício à brincadeira e ao desfile pelas ruas da cidade, aliás, como o boletim meteorológico havia previsto e, ainda bem, desta feita, não se enganara. Diremos mais, um dia com cheiro intenso a sol!
No princípio, o casal de máscaras chocou um pouco o grupo das outras, porque todas bem aperaltadas com laços e fitas, bocas de cereja, cabelos de fogo frisados, etc, etc, etc…
Entretanto, o desfile começou. Sassai e Nirumbé riam-se a não poder mais, imaginem, com o medo que pregavam ao susto! E as pessoas, com olhares enviesados como se dissessem, “esquisitas máscaras, diferentes, nada bonitas…”
A certa altura do divertido dia, com aquela grande confusão carnavalesca, Sassai tomba da mão de David. Cai, rola um pouco pelo chão… e perde-se da vista do menino que grita: Sassai, Sassai!…
Nirumbé, por sua vez, amarra-se com firmeza à mão do seu criador, deixando deslizar um olhar triste e lacrimoso pela rua a fervilhar de multidão, nunca mais avistando Sassai.
O feiticeiro de Oz, como quem diz David, ainda pensa recorrer aos seus dotes de mago dos sonhos, mas ele está muito acordado no momento; mira Nirumbé que cabisbaixo deixa morrer o sorriso que se transforma num esgar de dor, uma cicatriz de tristeza a riscar o seu rosto de papelão às cores.
Por sua vez, Merlin, ou seja, Raúl, com uma tristeza de pai que perde o seu filho, acaricia as barbas e o bigode de Nirumbé numa tentativa de lhe fazer voltar o riso à boca bem escancarada, num esforço de o compensar da sua perda.
De repente, uma chuva oriunda dum céu polvilhado de nuvens irrompe das sombras negras como que solidárias com a mágoa daqueles dois.
Raúl fica muito quieto, e enquanto a roupa se encharca olha desalentado Nirumbé que se vai descolorindo, amolecendo, transformando-se em papa amorfa de cartão, papel e tinta.
Pelas pedras da rua, um rio de cor forma um charco de lágrimas, vermelhas.
Raúl e David observam as suas mãos vazias sentindo de novo o sol a querer brincar ao carnaval, e sussurram como mágicos que não são: Sassai Nirumbé…Sassai, Nirumbé…


escritora 
Bernardete Costa, 2012.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Flor de Abril


REVOLUÇÃO DE ABRIL

Quando saía da escola, o João ia à oficina do pai que pintava quadros.
O João, quando entrava lá, ficava feliz porque havia muitos mistérios.
O pai de João, certo dia, pintou um quadro diferente.
Era uma espingarda com uma enorme flor vermelha muito viva.
Era o cravo da história da nossa liberdade, do 25 de Abril, do dia que nasceu em Portugal.
O pai do João começou a falar dos tempos de antigamente, quando o nosso país era diferente.
Nessa altura, se as pessoas não gostassem do governo, tinham de ficar caladas. Muitos não gostavam e, por isso, eram presos.
Dizem que em Portugal e em Espanha, as ditaduras duraram mais tempo.
O pai do João fazia gestos largos e abraçava o ar como se estivesse a agarrar o mundo. Portugal era, cada vez mais, um país atrasado e triste.
O pai do João ficou algum tempo calado e triste, de olhos postos no quadro.
Tínhamos uma guerra nas colónias que hoje são países onde se fala português, Angola, Moçambique, cabo verde, Guiné-Bissau, e são Tomé e príncipe. Os povos de África queriam mandar nas terras que já tinham sido dos pais, dos avós, dos pais dos avós.
Em 1974 os portugueses viviam ainda na mais longa ditadura que durava quase há cinquenta anos.
No dia 25 de Abril de 1974 foi a ”Revolução dos Cravos”. Salgueiro Maia foi o grande herói do 25 de Abril. As tropas devolveram Portugal a todos os portugueses.
O pai do João foi a um armário e tirou de lá uma revista, muito velhinha, com as folhas um pouco amarelas. Quando a abriu estava cheia de fotografias a preto e branco, como a televisão daqueles tempos.
Para se fazer uma revolução, tem de haver muita gente do mesmo lado. O 25 de Abril tinha sido só um golpe do estado. Os militares tomaram o quartel do Carmo sem que um só tiro fosse disparado. Marcelo Caetano soube que não mandava mais, rendeu-se e entregou o poder a um general chamado António de Spínola, que veio a ser presidente da república.
Em 25 e Abril, o país acordou para uma vida diferente. A liberdade era uma coisa nova, as pessoas tiveram de se habituar a ela devagarinho.
Essa é a maior lição do 25 de Abril. “Um dia, também tu vais ter o poder de decidir com o teu voto, o que queres para o nosso país.
Disse o pai ao João. E acrescentou: “Se não o fizeres, os outros vão decidir por ti equando os outros decidem por nós, não somos livres”.

Resumo do livro
 “A flor de Abril - uma história da revolução dos cravos”
de Pedro Olavo Simões.

Cláudia Franco
Grupo 4

terça-feira, 24 de abril de 2012

O pássaro do skate e os seus amigos -Histórias Cruzadas - Leitura e escrita,




Era uma vez um pássaro que gostava de andar de skate. O seu skate era tão rápido que, por onde passava, deixava uma nuvem de fumo. Era uma grande diversão andar de skate por todo o lado, até mesmo na relva.
Certo dia, houve uma corrida de skate e o pássaro participou. Apareceram vários animais que queriam ver a corrida e estavam todos muito tristes. O pássaro do skate foi junto deles saber o que se passava e eles disseram-lhe que estavam tristes porque não podiam conduzir. O touro não podia conduzir porque ficava louco com o semáforo vermelho. A cobra não podia conduzir porque andava aos ziguezagues na estrada. A chita não podia conduzir porque andava sempre em excesso de velocidade. Nenhum animal podia conduzir, por isso eram todos infelizes. No entanto, o pássaro do skate, ao ver a tristeza dos animais, encontrou uma solução: deixou-os andar no seu skate, para verem como era fácil. Assim, todos os animais ficaram felizes.
Texto redigido a partir da história "O pássaro do skate", do João Pedro, aluno do grupo 2, e da leitura do livro “Porque é que os animais não conduzem?” de Pedro Seromenho, da Paleta de Letras.
João Pedro Araújo

domingo, 15 de abril de 2012

“O Coelhinho e a Formiga Rabiga mais a Cabra e a sua barriga” de João Pedro Mésseder - leitura e apreciação


Em Linguagem e Comunicação lemos o livro “O Coelhinho e a Formiga Rabiga mais a Cabra e a sua barriga” de João Pedro Mésseder e Elsa Lé. Trata-se da história de um coelhinho que foi à horta apanhar cenouras e deixou a porta de casa aberta. Uma certa cabra entrou na casinha do coelhinho e fechou-se a sete chaves. Foram lá vários animais, uns grandes, como o elefante, outros fortes, como o leão e outros altos, como a girafa, e nenhum deles conseguiu convencer a cabra a sair de lá.

O coelhinho ficou desesperado e chorou muito, tanto que fez uma grande poça de água. A formiga Rabiga foi apanhada pelas lágrimas e quase morria afogada. Pediu socorro e o coelhinho salvou-a. Depois de conhecer a história do coelhinho, a formiga Rabiga decidiu ajudá-lo, mas, por ser tão pequenina, o coelhinho não acreditou que ela iria conseguir devolver-lhe a sua casa. No entanto, e como diz a formiga, o mais importante não é ser grande, mas sim ter um coração valente e corajoso. E assim foi, a formiga foi a casa do coelhinho, falou com a cabra Cabrês e entrou pelo buraco da fechadura. Como a cabra não cedeu, a formiga fez-lhe um buraco na barriga. Aí, ela fugiu a sete pés. A partir daquele dia, a formiga e o coelhinho viveram juntos naquela casinha.

Esta história é muito bonita, pois é uma lição de coragem. Com ela aprendemos que o nosso tamanho e a nossa força não são importantes para vencermos. Temos que ser corajosos e valentes e assim venceremos na vida. Também gostamos desta história pelas suas rimas e pelos “inhos” e “inhas” usados pelo escritor. Tudo isso transforma o texto numa história muito “fofinha”.


Texto redigido pelo grupo 3

Débora Correia

Catarina Rodrigues

Filipe Gomes

Viagem a Praga - História cruzada - leitura e escrita


Um dia, o Pássaro Vermelho, depois de ouvir tantas histórias fantásticas de países distantes, resolveu, também ele, viajar.

O Pássaro Vermelho pensou muito nas histórias e nas cidades que conhecia dos relatos dos outros. Então, ele esperou que chegasse a primavera e, quando apareceram os primeiros raios de sol, levantou voo.

O Pássaro Vermelho fez uma viajem cansativa e muito longa, mas valeu a pena porque viu casas, estradas, mar, carros a circularem, pessoas a andarem para trás e para a frente, crianças a brincarem…

Ao sobrevoar uma cidade, lembrou-se da cidade de Praga de que um amigo lhe tinha falado. Tinha lhe dito que era uma bela cidade, com monumentos altos e limpos, com pontes arqueadas sabre as águas do rio e com parques e bairros cheios de cor e de alegria.

Veio-lhe à memória a história do Arbóreo, um homem que tinha uma árvore na cabeça. De princípio, era apenas um arbusto, mas os ramos começaram a ficar mais fortes até se transformarem numa árvore, alta, pujante e bonita.

O Pássaro Vermelho decidiu procurar o homem que se tinha transformado em árvore. Segundo o que lhe tinham dito, estava junto da sepultura do seu amigo, Kepler.

Ele voou durante muito tempo, sobrevoou monumentos e jardins, parques e avenidas, admirou rios e pontes, barcos e carros, quando viu uma árvore enorme, bonita, frondosa, vaidosa….

Era uma árvore diferente das outras.

Tinha um nome gravado no seu tronco: Arbóreo

E foi assim…

Grupo 4


"O voo do Golfinho" - Leitura/Apreciação



Olhando a capa, percebemos que os tons de azul são bonitos e fazem sonhar. Na capa domina um azul mais escuro, que simboliza o mar. O Golfinho com bico laranja, como um pássaro, tem o corpo preenchido de pequenos e coloridos passarinhos. Afinal, era este o seu sonho - ser um pássaro para poder voar.

Na contracapa, predomina um azul mais claro, porque simboliza o céu, onde o Golfinho já é pássaro, ou seja, concretizou o seu sonho e passeia-se em liberdade com outras aves. Nesse voo, a sua morada anterior - o oceano - continua presente na parte inferior da imagem. Não podemos esquecer o segredo com que termina a obra, onde o Golfinho revela que, sempre que lhe apetecer, poderá ser pássaro ou golfinho. Este diz que aprendeu a ser pássaro e que foi importante escutar a voz do seu coração e assim poder sonhar em liberdade.

Quanto às ilustrações, feitas por Danuta, consideramos que são fantásticas e que esta ilustradora merece os prémios que tem recebido.

Concluindo, deixamos a pergunta: e se pudéssemos ter um corpo diferente sempre que gostássemos de nos transformar?

grupo 5

Dois Novos Amigos – Tição e Golfinho - Histórias cruzadas.


No lindo mundo submarino onde morava o corajoso Tição, que era um cavalo – marinho, nadava também o Golfinho que queria ser pássaro. Aliás, era lá que crescia e brincava com os seus amigos Golfinhos, tal como fazia o Tição com os outros cavalos - marinhos. Juntos galopavam pelos vales de areia branca e fina, onde existiam também grandes montanhas de coral e rochas.

Certo dia, a manada de pequenos cavalos-marinhos foi tomar o pequeno-almoço na pastagem de algas verdes, como sempre. O Golfinho decidiu ir saborear as diferentes algas e encontraram-se. O Tição quis experimentar a alga com sabor a café, porque o seu aroma o despertou. O Golfinho optou pela alga com sabor a alface, porque era vegetariano. Ambos ficaram deliciados com os novos sabores.

Enquanto estavam na esplanada das algas verdes, foram conversando acerca das suas jovens vidas. Então, abriram os seus corações e contaram os seus desejos. O do Golfinho era voar como um pássaro, já que sentia que o seu bico laranja, o seu corpo e o seu olhar eram de pássaro. O do Tição era ultrapassar o limite do enorme espaço que tinha para nadar e brincar com os seus amigos marinhos. O limite foi marcado pelos pais de Tição, mas a curiosidade dele era tão grande que desafiou os seus colegas de brincadeira a visitarem «O Vale de Coral Negro».

Depois da conversa, cada um deles ficou a conhecer os sonhos do outro. O Tição ficou contente com a transformação do Golfinho e este, apesar de discordar da desobediência aos pais, entendeu que o ditado popular «O fruto proibido é o mais apetecido» se espelha neste desejo de Tição.

Antes de partirem, o Golfinho apresentou o Bando da Liberdade e o Tição apresentou a sua recente namorada, a Rainha, que o via sempre como um ser cheio de qualidades, embora fosse muito escuro.

É caso para dizermos que nem todos conseguem ver as maravilhas dos outros, mesmo com os olhos fechados…

Grupo 5

O passeio do Filipe - História Cruzada


Era uma vez o Filipe,

rapaz alto e magro,

com uma argola na orelha

e um ar desconfiado.

Ao passear pela cidade

assobiando, desafinado,

sem querer imitava

a voz dos animais.

Olhou para o céu,

viu um pássaro a voar

Cor vermelha, brilhante,

parecia estrelas ao luar.

Devagar o pássaro pousou

no ramo alto de uma árvore,

grande, forte e frondosa.

Um gato pequenino

com pelo tão brilhante

que parecia o arco-íris,

estava nas suas brincadeiras:

com os seus amigos,

tentava apanhar

pássaros desprevenidos.

Quando viu o pássaro

vermelho a cantar,

o Filipe parou espantado.

Mas continuou a assobiar,

como respondesse

ao cantar do pássaro,

sempre a desafiar.

Sem se aperceberem,

o gato vai trepando,

sobe para cima da árvore,

o pássaro olhando.

E num salto só,

de uma vez o engoliu.

Assim acaba a história

do pássaro vermelho

que não chegou a velho!...

Sónia Dantas, grupo 4

(com colaboração do Gérson Gonçalves e Cláudia Franco)

Os caretos - Leitura, pesquisa e escrita





Os caretos são característicos do norte do país, mais precisamente de Trás-os-Montes.

Os caretos são homens que se disfarçam no Carnaval. Vestem fatos produzidos a partir de mantas e colchas, com franjas de várias cores: vermelho, verde, amarelo e preto. Na cara, usam uma máscara que pode ser de madeira ou de latão. Usam chocalhos na cintura e guizos nos tornozelos. Percorrem as ruas das aldeias, fazendo movimentos com o corpo e muito barulho.

Os caretos perseguem as mulheres as solteiras e também os donos das adegas, para beberem um copo de vinho. Parecem figuras diabólicas e assustadoras.

O ruído dos chocalhos e dos guizos quebra o silêncio do inverno, das pacatas aldeias transmontanas.

- Texto escrito em Linguagem e Comunicação, com base numa pesquisa, na Internet, atinente ao tema “Os caretos de Trás-os-Montes”

Grupo 3


O pássaro Mário e o menino brincalhão - História Cruzada


Era uma vez um menino muito brincalhão que gostava de brincar com as meninas, de lhes roubar os livros e pregar muitas partidas. Um dia, o menino ia a correr e, ao virar a esquina, chocou com alguém. Era a Alice, uma menina muito bonita que parecia um anjo.

A partir daquele encontrão, o menino só pensava em Alice. Os seus amigos gozavam com o pobre rapaz, diziam que ele estava apaixonado. Sempre que pensava na menina, ele sentia uma grande dor de barriga.

Alice entregou uma carta ao rapaz, em que lhe perguntava se queria ser namorado dela e ele ficou envergonhado.

Um dia, ia o menino na rua, quando viu o pássaro Mário em cima de uma árvore. Reparou que o pássaro não estava bem e perguntou-lhe o que tinha.

O pássaro respondeu:

- Dói-me a barriga porque comi muitos pêssegos. Tenho que ir ao médico.

O menino disse-lhe que também tinha dores de barriga, mas não era por causa da comida. Explicou ao pássaro que estava apaixonado por Alice e que o amor lhe dava dor de barriga.

Débora Correia


(Texto produzido com base num desenho da Débora Correia e a partir da leitura do livro “Uma estranha dor de barriga”, de Elisa Mantoni, da Everest Editora.)


Os meninos e o grilo tenor - Encontro/entrevista, leitura e escrita


Era uma vez uns meninos que estavam a estudar numa escola especial que se chamava APPACDM.

Estas crianças eram deficientes. Um era cego, outros tinham dificuldade em aprender, não sabiam ler e não sabiam escrever.

Nesta escola, uns alunos são altos, outros magros, outros gordos, têm cabelo castanho, preto ou loiro.

Durante o intervalo, eles iam brincar no recreio e ouviram um barulho estranho. Então começaram a ir atrás do som que ouviam. Quando chegaram ao local, encontraram um animal de cabeça gorda, com duas antenas luminosas, quatro pernas peludas e a cantar… gri gri gri!

Eles não sabiam o que era e, curiosos, foram perguntar à professora que bicharoco era aquele. A professora explicou que se chamava grilo e que tinham na biblioteca um livro sobre o “grilinho Tenor”.

Os meninos aproximaram-se do grilo e convidaram-no para a sala de aula.

Eles começaram a ter muitas dúvidas na sua aprendizagem e quem lhes tirava as dúvidas era o grilo.

Começou a ser o grilo Tenor o professor deles.

Graças ao grilo, começaram a saber escrever e a ler.

Como o menino ceguinho não via para escrever, o grilo ajudava-o com as suas patinhas.

Gri Gri Gri estou aqui.

Daqui não saio sem ti.


Sónia Dantas