quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

TREMOÇO e JALECO





O dia já ia longo e Tremoço estava a ficar cansado da viagem ao lado da sua amiga Coruja. Nunca tinha andado tanto, pois a vida na quinta era mais sossegada…
Quando Tremoço decidiu partir com a Coruja para a cidade grande, nunca pensou que fosse tão longe. Como poderia saber? O seu mundo era o interior da quinta e as vistas que tinha do vale.
No seu caminho, cruzou-se com um burro que se fazia acompanhar de um jovem com um adulto. Tremoço ficou admirado por ver outro equídeo. Estavam na aldeia de Permeja.
A Coruja, que era curiosa e sábia, tratou de ser apresentada e fez da ocasião um momento memorável. Tremoço passou a conhecer o Jaleco, o Sebastião e o seu pai. A conversa estava animada e o Tremoço não parava de observar o pêlo do Jaleco e pensava como deveria estar cansado por transportar tanta carga para as feiras. Por um lado, Tremoço invejava a vida do seu novo amigo, pois deslocava-se para todo o lado e conhecia o país de lés a lés. Porém, deveria andar cansado e talvez nem soubesse o que era brincar com crianças como ele.
Já estava a ficar tarde e cada um tinha de seguir o seu caminho. Ter conhecido o Jaleco foi bom, porque até lhe deu indicações sobre a melhor forma de chegar à cidade grande. Despediram-se e prometeram dar notícias.
O tempo foi passando, Tremoço regressou da cidade e continuou a sua vida na quinta. Infelizmente, a vida não correu bem para o Jaleco. Foi forçado a afastar-se de Sebastião, foi mordido por animais e, no fim, teve de ser abatido.
O mais importante é saber que houve um bom momento de felicidade para os burros e é essa recordação que ficará para sempre na memória de Tremoço.

David Parente

COMENTÁRIO AO LIVRO «JALECO», DE ANTÓNIO MOTA

Gostei do livro porque trata a história interessante de um burro que, para além de carregar três grandes malas de madeira, é o companheiro de Sebastião e do seu pai.

No fim, fiquei triste por saber que o Jaleco tinha sido atacado por lobos e, como estava muito ferido, teve de ser abatido.

Mas o mais importante é saber que foi feliz enquanto viveu!


David Parente


ANTÓNIO MOTA

António Mota nasceu em Vilarelho, Ovil, concelho de Baião, em 16 de Julho de 1957. Foi professor do Ensino Básico e publicou o seu primeiro livro «A Aldeia das Flores», em 1979.

Com a obra «O Rapaz de Louredo» (1983) ganhou um prémio da Associação Portuguesa de Escritores. Em 1990, recebeu o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens pelo seu romance «Pedro Alecrim». Seis anos mais tarde, ganhou o Prémio António Botto com «A Casa das Bengalas». Em 2003, a obra «O Sonho de Mariana», ganhou o Prémio Nacional de Ilustração, com ilustrações de Danuta Wojciechowska e foi escolhida pela Associação de Professores de Português e Associação de Profissionais de Educação de Infância para o projecto "O meu brinquedo é um livro". Tem várias obras traduzidas em castelhano e galego.

Em 2004, recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, na modalidade de livro ilustrado, pela obra «Se eu fosse muito Magrinho» com ilustrações de André Letria.

Desde 1980 tem sido solicitado a visitar escolas do Ensino Básico e Secundário, assim como bibliotecas públicas, em Portugal e outros países, fomentando deste modo o gosto pela leitura entre crianças e jovens. Colaborou com vários jornais e participou em diversas acções organizadas por Bibliotecas e Escolas Superiores de Educação. Tem mais de quatro dezenas de obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura. Tem livros incluídos em listas de obras literárias de qualidade recomendadas pela célebre International Youth Library de Munique. Em 2008 foi agraciado com a Ordem da Instrução Pública.

BIBLIOGRAFIA

Literatura infanto-juvenil

  • A Aldeia das Flores
  • A Viagem do Espanholito
  • Abada de Histórias
  • Andarilhos em Baião
  • As andanças do senhor Fortes
  • Cartas da Serra
  • Fábulas de Esopo -Recontadas
  • Histórias da Pedrinha do Sol
  • Jaleco
  • Lá de Cima, Cá de Baixo
  • Lamas de Olo-Avenida da Europa
  • Max e Achebiche, uma história muito fixe
  • O Galo da Velha Luciana
  • O Grilo Verde
  • O lambão, o teimoso e o senhor Veloso
  • O livro das Adivinhas 1
  • O Livro das Adivinhas 2
  • O Livro das Lengalengas 1
  • O Livro das Lengalengas 2
  • O Livro das Letras
  • O Livro dos exageros
  • O Livro dos Provérbios 1
  • O Livro dos Provérbios 2
  • O Livro dos Trava-línguas 1
  • O Livro dos Trava-línguas 2
  • O Lobisomem
  • O Rebanho Perdeu as Asas
  • O Rei, o Sábio e os Ratos
  • O Velho e os Pássaros
  • Onde Tudo Aconteceu
  • Pedrinha do Sol
  • Romeu e as rosas de gelo
  • Sal, Sapo, Sardinha
  • Se tu visses o que eu vi
  • Segredos
  • Sonhos de Natal
  • Tenente Coronel José Agostinho
  • A melhor condutora do mundo
  • Pinguim
  • A casa das bengalas
  • A Terra do anjo azul
  • Cortei as tranças
  • Filhos de Montepó
  • Fora de Serviço
  • Ninguém perguntou por mim
  • O Agosto que nunca esqueci
  • O Rapaz de Louredo
  • Os Heróis do 6°F
  • Os Sonhadores
  • Pardinhas
  • Pedro Alecrim

[editar] Colecção Se eu fosse

  • Se eu fosse muito alto
  • Se eu fosse muito pequenino
  • Se eu fosse muito magrinho
  • Se eu fosse muito forte
  • Se eu fosse um mágico

[editar] Biblioteca Pedro e Mariana

  • A Aldeia do Bem-me-quer
  • A prenda com rodas
  • O Coelho Branco
  • O pombo-correio
  • O Sonho de Mariana
  • Uma Tarde no Circo
  • A praia dos sonhos

[editar] Histórias tradicionais recontadas

  • A Gaita Maravilhosa
  • A Galinha Medrosa
  • A Princesa e a Serpente
  • A Rosa e o rapaz do violino
  • João Mandrião
  • Maria Pandorca
  • O Nabo Gigante
  • O Príncipe com cabeça de cavalo
  • O sapateiro e os anões
  • Os negócios do macaco
  • Pedro Malasartes
  • Trocas e baldrocas
  • Clarinha

[editar] Para adultos

  • Outros Tempos

[editar] Em obras colectivas

  • De que são Feitos os Sonhos
  • Contos da Cidade das Pontes
  • Conto Estrelas em Ti: Dezassete Poetas Escrevem para a Infância
  • Árvores Pombos Limões e Tropelias
  • O menino"/contos de natal

[editar] Obras traduzidas

  • Pedro Alecrim - em galego
  • Se eu fosse muito alto - em galego e castelhano
  • Se eu fosse muito magrinho - em galego e castelhano