No lindo mundo submarino onde morava o corajoso Tição, que era um cavalo – marinho, nadava também o Golfinho que queria ser pássaro. Aliás, era lá que crescia e brincava com os seus amigos Golfinhos, tal como fazia o Tição com os outros cavalos - marinhos. Juntos galopavam pelos vales de areia branca e fina, onde existiam também grandes montanhas de coral e rochas.
Certo dia, a manada de pequenos cavalos-marinhos foi tomar o pequeno-almoço na pastagem de algas verdes, como sempre. O Golfinho decidiu ir saborear as diferentes algas e encontraram-se. O Tição quis experimentar a alga com sabor a café, porque o seu aroma o despertou. O Golfinho optou pela alga com sabor a alface, porque era vegetariano. Ambos ficaram deliciados com os novos sabores.
Enquanto estavam na esplanada das algas verdes, foram conversando acerca das suas jovens vidas. Então, abriram os seus corações e contaram os seus desejos. O do Golfinho era voar como um pássaro, já que sentia que o seu bico laranja, o seu corpo e o seu olhar eram de pássaro. O do Tição era ultrapassar o limite do enorme espaço que tinha para nadar e brincar com os seus amigos marinhos. O limite foi marcado pelos pais de Tição, mas a curiosidade dele era tão grande que desafiou os seus colegas de brincadeira a visitarem «O Vale de Coral Negro».
Depois da conversa, cada um deles ficou a conhecer os sonhos do outro. O Tição ficou contente com a transformação do Golfinho e este, apesar de discordar da desobediência aos pais, entendeu que o ditado popular «O fruto proibido é o mais apetecido» se espelha neste desejo de Tição.
Antes de partirem, o Golfinho apresentou o Bando da Liberdade e o Tição apresentou a sua recente namorada, a Rainha, que o via sempre como um ser cheio de qualidades, embora fosse muito escuro.
É caso para dizermos que nem todos conseguem ver as maravilhas dos outros, mesmo com os olhos fechados…
Grupo 5
Sem comentários:
Enviar um comentário